Olá
queridas,
Escrevi
esse post inspirada no artigo – Deixando o Bico – da colaboradora do blog e
amiga Karem Suyan. Nesse relato, ela descreve o desafio de seu filho em deixar
a chupeta – desafio esse vivenciado diariamente no consultório.
O
uso da chupeta sempre foi polêmico entre profissionais da saúde e já rendeu
muitos debates. Confesso que, como odontopediatra, nunca pensei em oferecer
chupetas aos meus bebês. Isso até me tornar mãe... de gêmeas! É indiscutível o
poder calmante da chupeta em momentos de tensão emocional. O acalanto e aconchego
que geram na criança (e nas mães!!!) é muito grande. Por outro lado, sabemos
que o uso prolongado da chupeta causam alterações nas arcadas dentárias e em
todo sistema estomatognático.
Então,
como enfrentar esse dilema entre oferecer ou não a chupeta? O que devemos fazer
para obter os benefícios calmantes sem que hábitos parafuncionais se instalem?
O
que precisamos é estar atentos ao uso desenfreado da chupeta. Sabemos que
quanto maior a frequência, intensidade e duração do hábito, maiores serão as desarmonias
oclusais. A chupeta deve ser considerado um artefato dos pais e não da criança.
Deve ser oferecida somente em momentos de estresse e choro. Passado essa fase
devemos, sempre que possível, remover a chupeta e tira-lá do campo de visão da
criança. Além disso, a Associação Brasileira de Odontopediatria e o Ministério
da Saúde são claros ao recomendar a remoção do hábito até dois anos de idade,
pois existe chance de auto-correção de possíveis desarmonias nas arcadas
dentárias, caso já estejam instaladas.
Aline Manfro
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