quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cuidados com o uso da chupeta nas crianças



Olá queridas,


Escrevi esse post inspirada no artigo – Deixando o Bico – da colaboradora do blog e amiga Karem Suyan. Nesse relato, ela descreve o desafio de seu filho em deixar a chupeta – desafio esse vivenciado diariamente no consultório.
O uso da chupeta sempre foi polêmico entre profissionais da saúde e já rendeu muitos debates. Confesso que, como odontopediatra, nunca pensei em oferecer chupetas aos meus bebês. Isso até me tornar mãe... de gêmeas! É indiscutível o poder calmante da chupeta em momentos de tensão emocional. O acalanto e aconchego que geram na criança (e nas mães!!!) é muito grande. Por outro lado, sabemos que o uso prolongado da chupeta causam alterações nas arcadas dentárias e em todo sistema estomatognático.
Então, como enfrentar esse dilema entre oferecer ou não a chupeta? O que devemos fazer para obter os benefícios calmantes sem que hábitos parafuncionais se instalem?
O que precisamos é estar atentos ao uso desenfreado da chupeta. Sabemos que quanto maior a frequência, intensidade e duração do hábito, maiores serão as desarmonias oclusais. A chupeta deve ser considerado um artefato dos pais e não da criança. Deve ser oferecida somente em momentos de estresse e choro. Passado essa fase devemos, sempre que possível, remover a chupeta e tira-lá do campo de visão da criança. Além disso, a Associação Brasileira de Odontopediatria e o Ministério da Saúde são claros ao recomendar a remoção do hábito até dois anos de idade, pois existe chance de auto-correção de possíveis desarmonias nas arcadas dentárias, caso já estejam instaladas.

Aline Manfro


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