quarta-feira, 30 de abril de 2014

O mito da madrasta má


 


À mãe geralmente atribui-se miticamente o ideal de amor inato e incondicional que é responsável pelo bem estar psicológico da família. Por outro lado nos contos de fadas como Cinderela e Branca de Neve nos mostram a muito tempo que madrastas são cruéis, egoístas e más. Percebe-se que nessas estorias as madrastas pensam em seu bem estar esquecendo-se ou tentando se livrar do seu enteado. A figura da madrasta é baseada em dois opostos: o amor ideal de mãe e a madrasta má baseada nas estorias infantis.
Assim, as madrastas sofrem uma pressão para exercer o papel de "mãe" substituta, porém isso acaba gerando frustração, pois nenhuma madrasta substituirá a mãe biológica. Muitas vezes ouvindo a seguinte frase: _ Você não é minha mãe!!
Esse relacionamento entre madrasta e enteado é sem duvidas merecedor de análise porque tanto a madrasta quanto o enteado projetam um no outro suas angustias e frustrações. Sem duvidas um relacionamento de inseguranças, dúvidas e fracassos.
Existem vários fatores importantes como a idade do enteado, situação em que a madrasta entra na vida da família, o relacionamento do pai com o enteado e a posição da madrasta na família que devem ser observados.
Por si a madrasta carrega a imagem negativa e se vê como "obrigada" a amar esse enteado e a demonstrar tal afeto.
Observamos que a madrasta não substituirá a mãe biológica, mas socialmente é cobrada a assumir o papel de mãe substituta.
É sem duvida fundamental o papel da mulher na família, que exerce  varias funções, dentre elas a maternal. Por isso reconstruir uma família onde há filhos de outro relacionamento, exige que a madrasta  assuma tal papel maternal. Porém nem sempre a madrasta pode estar preparada para exercer esse papel fundamental. Quando falamos em recasamentos saudáveis devemos preservar o relacionamento com os enteados e aceitar a condição em que seu companheiro tem, com filhos. Manter um relacionamento positivo com o enteado, não esquecendo que um relacionamento se constrói com tempo, dedicação e amor.

Abraços

Michele Valeska

Recomendo o livro: Os meus, os teus, os nossos  da autora: Gladis Brun, ed.Larousse

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